Os islamitas armados somalis shebab ameaçaram neste sábado o Quênia com uma "guerra longa, abominável" e um novo banho de sangue, dois dias depois de terem matado 148 pessoas na universidade de Garissa (leste).
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"Se Deus quiser, nada nos impedirá de vingar a morte de nossos irmãos muçulmanos até que seu governo pare com a opressão e até que todas as terras muçulmanas sejam libertadas da ocupação queniana", afirmaram em um comunicado publicado em inglês.
"Até lá, o sangue correrá em profusão nas cidades do Quênia, será uma guerra longa, abominável, da qual vocês, a população quenianas, são as primeiras vítimas".
O ataque à universidade de Garissa é o mais sangrento em território queniano desde o da Al-Qaeda contra a embaixada americana em Nairóbi de 1998, que deixou 213 mortos.
O comunicado, cuja autenticidade foi confirmada por um porta-voz dos shebab, explica que o comando separou os muçulmanos dos cristãos para matar os segundos.
O Quênia deteve e está interrogando cinco pessoas por supostos vínculos com o comando que atacou a universidade de Garissa, anunciou neste sábado o ministério do Interior.
"Suspeitamos que são cúmplices dos criminosos", declarou Mwenda Njoka, porta-voz do ministério. Entre os suspeitos figuram duas pessoas detidas no interior do campus: um tanzaniano, suspeito de ter facilitado a entrada do comando, e um suposto atacante, acrescentou.