O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, "incitou fortemente" Pequim nesta sexta-feira (10) para a libertação 'imediata e sem condições" de cinco feministas chineses presas em 7 de março, um dia antes da celebração do Dia Internacional da Mulher.
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"Cada um de nós tem o direito de se manifestar contra o assédio sexual e contra muitas outras injustiças que sofrem todos os dias milhões de mulheres e meninas em todo o mundo", afirmou o chefe da diplomacia americana em comunicado.
"Apoiamos firmemente os esforços dessas militantes para o progresso dessas questões sensíveis e estimamos que as autoridades chinesas também devam apoiá-las e não o contrário", protestou Kerry, cuja carreira é marcada pela defensa intransigente dos direitos humanos universais, especialmente das mulheres e dos homossexuais.
Na sua declaração, Kerry menciona cinco mulheres do grupo "Pequim+ 20 Cinco" que foram identificadas como Li Tingting, Wu Rongrong, Zheng Churan, Wei Tingting e Wang Man.
Em 7 de março um advogado havia anunciado a prisão de quatro feministas, incluindo Li Tingting, uma jovem conhecida por organizar protestos em banheiros masculinos para exigir um aumento do número de banheiros para mulheres. Uma quinta ativista feminista, Zheng Churan, também foi presa.
Os Estados Unidos têm criticado várias vezes a China por sua política em matéria de direitos humanos e liberdades políticas e religiosas.