O número de vítimas civis no Afeganistão resultantes dos confrontos entre as forças de segurança e os insurgentes aumentou 8% no primeiro trimestre deste ano em relação ao igual período de 2014, informou hoje (12) um organismo das Nações Unidas (ONU).
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Segundo a Missão de Assistência das Nações Unidas naquele país (UNAMA), o número de vítimas civis registrado de janeiro a março nos combates foi 521, com 136 mortos e 385 feridos.
"As Nações Unidas apelam às partes em conflito para tomar todas as medidas necessárias para proteger os civis", disse, em comunicado, o chefe da UNAMA, Nicholas Haysom.
O apelo do responsável ocorre com a chegada da primavera, período em que começa a se verificar um aumento das ações dos insurgentes no Afeganistão.
O número total de vítimas civis no conflito afegão, incluindo as causadas não só pelos combates mas também pela explosão de minas e outros ataques seletivos, foi 1.810 nos primeiros três meses deste ano, com 655 mortos e 1.155 feridos.
Depois dos combates, as bombas artesanais foram a segunda causa de vítima civis no ano passado, com 155 mortos e 275 feridos.
Os ataques seletivos foram a terceira causa, com 217 mortos e 92 civis feridos, com um incremento de 34%.
Em 2014, o país islâmico aumentou a violência contra militares, com 3,7 mil civis mortos e 7 mil feridos, segundo as Nações Unidas.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte concluiu em 2014 a missão militar no Afeganistão, tendo a força substituída em janeiro deste ano por um contingente formado por cerca de 4 mil soldados que integram as forças afegãs.
Os Estados Unidos continuam contra a missão antiterrorista com a presença de 9,8 mil soldados, que serão mantidos até final do ano.