Europa

Berlim, Kiev, Moscou e Paris exigem fim de combates na Ucrânia

O grupo defendeu a retirada das armas pesadas, morteiros e de todos os tipos de carros de combate

Da AFP
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Publicado em 14/04/2015 às 9:17
Foto: ANATOLII STEPANOV / AFP
O grupo defendeu a retirada das armas pesadas, morteiros e de todos os tipos de carros de combate - FOTO: Foto: ANATOLII STEPANOV / AFP
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Os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, França, Rússia e Ucrânia manifestaram na noite desta segunda-feira (13) sua "viva preocupação" com as violações do cessar-fogo na Ucrânia e exigiram a suspensão dos combates e a retomada do diálogo político, após um encontro em Berlim.

"Expressamos nossa viva preocupação com os combates registrados neste final de semana, especialmente com armas pesadas, nas proximidades de Chirokine e do aeroporto de Donetsk. Instamos a todas as partes a cessar estes combates", declararam os quatro ministros após uma longa reunião na capital alemã.

O grupo defendeu a retirada das armas pesadas, morteiros e de todos os tipos de carros de combate. O pedido vai além do acordo de Minsk, firmado em fevereiro, disse o alemão Frank-Walter Steinmeier ao comentar o encontro.

Steinmeier insistiu na importância de se trabalhar visando a realização de eleições locais no leste da Ucrânia.

Os ministros anunciaram sua vontade de colocar em andamento "quatro grupos de trabalho, o mais cedo possível, dentro do grupo de contato trilateral" que reúne Ucrânia, Rússia e OSCE, para examinar "a segurança, o processo político, as questões humanitárias e os assuntos econômicos" na zona de conflito.

Steinmeier afirmou que a discussão desta segunda-feira foi "muito longa, intensa e, em parte, muito conflitante".

"Nada é fácil na crise ucraniana, isto não é novo, e não existe existe alternativa ao diálogo político".

Os resultados da reunião em Berlim serão amplamente discutidos em um encontro de ministros das Relações Exteriores do G7 na noite de terça-feira em Lübeck, no norte da Alemanha, enquanto a tensão aumenta no terreno.

O conflito ucraniano já deixou mais de 6 mil mortos em um ano.

Kiev e os ocidentais acusam a Rússia de armar os rebeldes pró-Moscou do leste e de manter tropas na região, o que a Rússia desmente categoricamente.

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