Cerca de 1,8 milhão de crianças de Serra Leoa começam a voltar hoje (14) gradualmente à escola, mais de oito meses depois da suspensão das aulas para conter a propagação do vírus ebola.
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As salas de aulas têm estado vazias desde que o governo anunciou estado de emergência, em julho de 2014, em resposta ao surto que já matou 10.500 pessoas, quase todas em Serra Leoa, na Libéria e na Guiné-Conacri. Mais de 3.800 mortes ocorreram em Serra Leoa, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Isso é um passo muito importante na normalização da vida no país”, disse o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Serra Leoa, Roeland Monasch, em comunicado. “Educação para todos é uma parte fundamental do processo de recuperação", acrescentou.
Com a diminuição do índice de novas infecções, o início da reabertura das aulas foi marcado para 30 de março, mas o registro de novos casos, sobretudo em torno da capital, Freetown, e em três distritos ocidentais, fez com que fosse adiado para hoje.
Em seu último balanço, a OMS indicou que na semana até 5 de abril foram registrados 9 casos de ebola em Serra Leoa, depois de, na semana anterior, terem sido registrados 25. Foi a quinta queda semanal consecutiva e o menor número de casos em uma semana, em quase um ano.
Para garantir a segurança dos alunos, o Unicef deu curso de formação sobre prevenção do ebola a cerca de 9 mil professores.