Jacarta convocou o embaixador da Arábia Saudita para protestar contra a decapitação de uma empregada doméstica indonésia, condenada à morte por assassinato, e para saber o motivo da família e do consulado não terem sido informados da data da execução.
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"O governo indonésio enviou uma nota de protesto ao governo saudita por não dar aos representantes indonésios ou da família nenhuma notificação prévia sobre a data da execução", afirma o ministério indonésio das Relações Exteriores em um comunicado.
O ministério do Interior saudita anunciou na terça-feira a execução de Sitti Zeineb em Medina, uma cidade sagrada para o islã na região oeste do país.
A empregada indonésia foi condenada à pena capital pelo assassinato em 1999 de uma saudita, Nora al-Morawba. A Anistia Internacional criticou a execução da indonésia, que se acreditava que tinha distúrbios mentais e teria sido maltratada pela vítima, sua patroa.
Outras organizações de defesa dos direitos humanos também denunciaram a execução, ao mesmo tempo que pediram à Indonésia o abandono da pena de morte, no momento em que Jacarta prepara a execução de vários estrangeiros, incluindo um brasileiro, principalmente por condenações relacionadas ao tráfico de drogas.
O presidente indonésio, Joko Widodo, que recentemente rejeitou os pedidos de clemência para os condenados à morte estrangeiros em seu país, escreveu ao rei da Arábia Saudita para pedir aos filhos da vítima que perdoassem a assassina de sua mãe, já que a lei neste país permite alterar a condenação à morte por uma compensação financeira se a família da vítima aceitar.