Conflito

UE considera ataque das Farc um 'obstáculo à reconciliação'

Onze militares e dois guerrilheiros morreram

AFP
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Publicado em 16/04/2015 às 22:03
Foto: Glen Johnson/ State Department
Onze militares e dois guerrilheiros morreram - FOTO: Foto: Glen Johnson/ State Department
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A União Europeia (UE) indicou nesta quinta-feira (16) que o ataque das Farc no oeste da Colômbia, no qual morreram onze militares e dois guerrilheiros, é um "obstáculo à reconciliação" e pediu-lhes novamente que rejeitem a violência.

"O ataque (...) das Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] é um sério obstáculo no caminho para uma muito necessitada reconciliação" na Colômbia, indicou a UE em um comunicado. 

"O conflito já cobrou vidas demais e causou sofrimentos incalculáveis", acrescentou.

"O impulso gerado pelos valiosos passos dos últimos meses para desescalar o conflito não se deve perder. A UE reitera seu apelo às Farc para que renuncie à violência e demonstre um claro compromisso pela paz [tanto] nos atos quanto nas palavras", emendou.

A UE pede, ainda, que as duas partes "redobrem seus esforços para superar as diferenças que restam".

Onze militares colombianos morreram e outros vinte ficaram feridos em um ataque lançado à meia-noite de terça-feira pelas Farc na localidade de La Esperanza, no departamento (estado) do Cauca (oeste), reduto do principal grupo rebelde colombiano.

Este ataque é um dos mais mortais desde que começaram as conversações de paz entre o governo colombiano e esta guerrilha em Cuba.

O ataque levou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a autorizar a retomada dos bombardeios contra os acampamentos das Farc, enquanto, em Cuba, a guerrilha manifestou sua "preocupação" com o ocorrido, reivindicando novamente uma trégua entre as duas partes.

O procurador-geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, considerou a "emboscada" das Farc "um crime de guerra".

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