Doze pessoas foram detidas na madrugada desta sexta-feira por ataques contra estrangeiros em Johannesburgo, onde a onda de xenofobia aumentou, informou a polícia.
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"Doze suspeitos foram detidos por tentar atacar lojas que eram propriedade de estrangeiros", explicou um porta-voz da polícia, o tenente-coronel Lungelo Dlamini. De acordo com informações locais, os manifestantes de uma residência de trabalhadores saíram às ruas para exigir que os estrangeiros deixem a África do Sul, atearam fogo em carros e enfrentaram a polícia.
Não foram registrados feridos, disse Dlamini. Este foi o último incidente em uma onda de violência que começou no início do mês no porto de Durban e que até o momento deixou seis mortos.
A tensão era palpável nesta sexta-feira, e trabalhadores desta residência seguiam exigindo diante dos jornalistas que os imigrantes deixem a cidade. "Condenamos a violência de forma contundente. Convocamos a calma e pedimos o fim da violência", declarou na quinta-feira ante o Congresso o presidente sul-africano, Jacob Zuma.
No início do ano, outros ataques em Soweto, ao sul de Johannesburgo, obrigaram comerciantes de nacionalidade estrangeira a abandonar suas propriedades e fugir, diante do medo de serem assassinados. O desemprego chega a 25% na África do Sul, e as perspectivas econômicas são ruins para este ano.