O Irã apresentou oficialmente nesta sexta-feira (17) à ONU seu plano de paz para o Iêmen, baseado em quatro pontos e que prevê um cessar-fogo imediato no país.
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Destacando que "não há solução militar para este conflito", o chanceler iraniano, Mohammed Javad Zarif, revelou que o plano tem como base um cessar-fogo imediato, acesso humanitário "sem restrições", retomada do diálogo nacional" entre todos os protagonistas da crise e "a formação de um governo de união nacional, sem exclusões".
Em carta enviada ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, Zarif adverte para a situação humanitária no Iêmen, que caminha para uma crise de "alcance catastrófico".
O ministro acusa a coalizão árabe conduzida pela Arábia Saudita de ter como alvo objetivos "essencialmente de infraestrutura civil", como hospitais e escolas, e de atacar "de maneira cega zonas residenciais".
A coalizão liderada pela Arábia Saudita bombardeia há três semanas os milicianos xiitas huthis, que dominam a maior parte do território iemenita.
Os huthis são apoiados pelo Irã, que nega prestar ajuda militar à rebelião.
Segundo Zarif, o conflito no Iêmen "beneficia principalmente os grupos terroristas, que se implantam no país aproveitando a campanha aérea conduzida a partir do exterior".
A ONU exigiu nesta sexta um cessar-fogo imediato no Iêmen, onde os combates entre partidários e adversários do chefe de Estado, Abd Rabbo Mansour Hadi, e os bombardeios da coalizão árabe contra a rebelião deixaram centenas de mortos.