CASO

Misteriosa morte do promotor argentino Nisman já chegou às livrarias

Alberto Nisman morreu em janeiro

Da AFP
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Publicado em 18/04/2015 às 14:56
Foto: Marcelo Capece/AFP
Alberto Nisman morreu em janeiro - FOTO: Foto: Marcelo Capece/AFP
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"O Promotor", um thriller escrito em velocidade recorde que já preenche as prateleiras das livrarias de Buenos Aires, conta história da misteriosa morte de promotor argentino Alberto Nisman, baleado na cabeça em 18 de janeiro.

"'O Promotor' é um eletrizante thriller de ficção política, que homenageia romances de espionagem de John le Carré e os filmes clássicos do cinema noir", diz a editora Emecé em seu site, onde promove o novo livro.

O aparecimento do cadáver de Nisman há três meses no banheiro de seu apartamento em Puerto Madero, um bairro chique de Buenos Aires, e as circunstâncias de sua morte deixam os argentinos divididos entre aqueles que acreditam que foi suicídio e aqueles que pensam ele foi assassinado.

O caso é rotulado como "morte suspeita" na justiça, que investiga se foi homicídio, suicídio ou suicídio induzido.

O promotor que investigou por dez anos o atentado contra a sede da AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos, foi encontrado morto após denunciar a presidente Cristina Kirchner, entre outros, por tentar encobrir o iraniano acusado pela justiça argentina pelo ataque.

O livro, "escrito em ritmo frenético, narra as últimas horas de Lerman e os antecedentes de sua morte com uma verossimilhança de que prende a sua respiração", explica a resenha do editor

Lerman é o nome fictício de Nisman, assim como a presidente, que responde pelo nome de Hernández de Larcher.

O curioso é que o livro é assinado com o pseudônimo R.S.Pratt e não se sabe de quem se trata.

"'O Promotor'. Uma ficção muito semelhante à realidade" é o título do romance escrito sobre um fundo vermelho, que cobre parcialmente o rosto do falecido promotor .

"A ideia começou a conversar com o autor no dia da morte de Nisman. Ele me ligou para comentar o tema. Nessa noite esta pessoa leu a denúncia completa de Nisman e voltou a me ligar, me dizendo, diretamente que tratava-se (a morte) de um romance do Le Carré", contou Ignacio Iraola, diretor do grupo editorial que publicou o livro, ao jornal Clarín.

John le Carré, pseudônimo de David John Moore Cornwell, é um popular romancista britânico especializado em thrillers de espionagem ambientados na Guerra Fria.

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