Jihad

Chefe do Estado Islâmico se feriu gravemente em bombardeio, diz jornal

A fonte afirma que o miliciano corria risco de morte, mas se recupera lentamente, embora não tenha retornado totalmente a suas funções

Da Folhapress
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Publicado em 21/04/2015 às 13:15
Foto: AL-FURQAN MEDIA  AFP
A fonte afirma que o miliciano corria risco de morte, mas se recupera lentamente, embora não tenha retornado totalmente a suas funções - FOTO: Foto: AL-FURQAN MEDIA AFP
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O jornal britânico "The Guardian" informou nesta terça-feira (21), com base em informações de iraquianos e de um diplomata ocidental, que o chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, foi gravemente ferido em um bombardeio no país.

A informação não foi relatada por nenhum outro meio de comunicação e ainda não teve resposta da milícia radical. Esta não é a primeira vez que se afirma que o chefe da facção se feriu em ataques, e nenhum dos informes foi confirmado.

Segundo a publicação, um iraquiano com ligações com a milícia radical disse que Baghdadi sofreu sérios ferimentos durante um ataque da coalizão liderada pelos Estados Unidos em março em Baaj, vila do norte iraquiano perto da fronteira com a Síria.

A fonte afirma que o miliciano corria risco de morte, mas se recupera lentamente, embora não tenha retornado totalmente a suas funções. A gravidade dos ferimentos teria provocado uma reunião de líderes para nomear um novo comandante.

A versão foi confirmada por um assessor do governo iraquiano e por um diplomata ocidental. De acordo com o diplomata, o ataque aconteceu em 18 de março, enquanto Baghdadi seguia em um comboio de três carros de Umm al-Rous a Qaraan.

O bombardeio teria matado três chefes locais do Estado Islâmico. O assessor do governo iraquiano para temas relacionados à milícia, Hisham al-Hashimi, confirmou que o líder da milícia estava em um dos carros atingidos.

ALARMES FALSOS

As informações não foram confirmadas de forma oficial nem pelo governo iraquiano nem pelos membros da coalizão contra o terrorismo liderada pelos Estados Unidos. O Estado Islâmico também não se pronunciou sobre a reportagem do "Guardian".

Em novembro e em dezembro, o Iraque anunciou que Abu Bakr al-Baghdadi havia se ferido e, em ambos os casos, as informações eram equivocadas.

O mesmo aconteceu em 2005, quando os Estados Unidos anunciaram a morte do extremista, na época um dos principais chefes da filial iraquiana da rede terrorista Al Qaeda.

As autoridades iraquianas e o governo americano estimam que Baghdadi se esconda em Baaj, a 320 km de Mossul. A escolha do local se deve a ser uma área com pouca atuação de Washington durante a ocupação do Iraque, entre 2003 e 2011.

Devido a isso, a região tornou-se um refúgio para diversos grupos jihadistas. Desde o início dos bombardeios contra o Estado Islâmico, em agosto, a área ficou mais vulnerável para os extremistas.

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