Israel retirou o nome de um jovem palestino queimado vivo por judeus de um muro construído em Jerusalém em homenagem às "vítimas de atos terroristas". Haim Pitoussi, porta-voz da instituição que administra este muro de recordação, confirmou à AFP informações divulgadas por um canal de televisão.
Leia Também
Ele não apresentou justificativas, mas a família do palestino havia criticado a iniciativa das autoridades israelenses de acrescentar o nome de Mohamed Abu Jdeir à lista do memorial do monte Herzl. A inclusão do nome de Mohamed Abu Jdeir era significativa, já que seria um dos poucos palestinos vítimas de judeus que seria acrescentado ao muro de recordação.
O pai do jovem palestino, Husein Abu Jdeir, reclamou na terça-feira que não havia recebido um pedido de consentimento. "Sou palestino, não israelense, e não quero o nome dele ao lado dos nomes de soldados israelenses", disse à AFP.
Mohamed, de 16 anos, foi sequestrado em de julho de 2014 em Jerusalém Oriental. Seu corpo, carbonizado, foi encontrado poucas horas depois. Três judeus extremistas confessaram o assassinato como uma forma de vingança pelo sequestro e morte de três adolescentes judeus, três semanas antes.
"O que espero de Israel é que faça justiça e que os assassinos de meu filho sejam condenados condenados à prisão perpétua", declarou Husein. O julgamento dos três extremistas acontece atualmente em Jerusalém.