O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, visitou nesta quarta-feira (29) o memorial da Segunda Guerra Mundial, no centro de Washington, pouco antes de pronunciar um discurso muito esperado ante o Congresso no qual planeja evocar o passado militarista de seu país.
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Em uma visita muito simbólica, Abe depositou uma coroa de flores em frente ao monumento, erguido em homenagem aos centenas de milhares de americanos mortos durante o conflito, em parte sob as armas das tropas japonesas.
Com a aproximação do 70º aniversário da rendição do Japão, em 15 de agosto de 1945, cada vez mais vozes exigem declarações oficiais fortes, particularmente sobre as dezenas de milhares de mulheres que foram levadas à força para bordéis do exército japonês.
Na terça-feira, em uma coletiva de imprensa Abe se declarou profundamente triste pelo destino destas mulheres "que viveram um sofrimento incomensurável", mas não pediu desculpas em nenhum momento.
Segundo a maioria dos historiadores, até 200.000 mulheres trabalharam em bordéis do exército japonês durante a guerra. A maioria delas eram coreanas, mas também foi registrada a presença de indonésias, filipinas e taiwanesas.
Lee Yong-soo, uma ex-escrava sexual coreana, foi convidada por um congressista republicano a assistir ao discurso de Abe ante o Congresso dos Estados Unidos.