Vulcão

Chile e Argentina em alerta após nova erupção do Calbuco

A erupção provocou uma nova coluna de cinzas e mantém cerca de 6.600 pessoas longe de suas casas

Da AFP
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Publicado em 01/05/2015 às 18:57
Foto: FRANCISCO NEGRONI / AFP
A erupção provocou uma nova coluna de cinzas e mantém cerca de 6.600 pessoas longe de suas casas - FOTO: Foto: FRANCISCO NEGRONI / AFP
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Os serviços de emergência de Chile e Argentina ainda estavam em alerta nesta sexta-feira (1º) após uma nova erupção de força menor do vulcão Calbuco, que provocou uma nova coluna de cinzas e que mantêm cerca de 6.600 pessoas longe de suas casas. 

A área em torno do Calbuco, cerca de 1.300 km ao sul de Santiago, amanheceu totalmente nublada, com chuvas leves que causaram preocupação entre as autoridades chilenas pela possibilidade de inundações de rios e deslizamentos de terras vulcânicas.

Diante disso, a zona de exclusão de 20 km em torno do vulcão criada quando a primeira erupção ocorreu na quarta-feira da semana passada, foi fortemente monitorada pela polícia, que suspendeu o acesso aos povoados localizados na região.

"A medida de hoje é que ninguém pode aceder à zona de exclusão de 20 quilômetros porque as chuvas claramente vão afetar o curso dos rios, e a  quantidade de cinzas acumuladas em torno do vulcão obviamente podem provocar situações mais arriscadas", disse Rodrigo Peñailillo, ministro do Interior.

Peñailillo percorreu a área afetada pela erupção e se reuniu com moradores de aldeias que ficaram completamente desertas, já que seus moradores foram evacuados após a erupção registrada na quinta-feira.

"Nunca pensei que isso iria acontecer, foi repentino, não sabemos quanto tempo teremos de esperar para voltarmos a nossas casas", disse ao Canal 24 Horas Anabel Avalos, morador da cidade de Cochamó, afetada pelo Calbuco.

As autoridades chilenas mantêm o alerta vermelho para o surgimento da erupção na região de Los Lagos, e 6.600 desalojados permanecerão nessa condição até novo aviso.

Enquanto isso, o sul da Argentina permaneceu em "guarda passiva" já que a fumaça do Calbuco foi arrastada para o sudeste e cruzou a Cordilheira dos Andes, ameaçando localidades argentinas, algumas delas já atingidas pelas duas primeiras erupções.

O Serviço Nacional de Geologia e Mineração (Sernageomin) anunciou que, após a nova erupção, a atividade do Calbuco vai continuar por tempo indeterminado, mas será menor do que a primeira e surpreendente explosão, que levantou uma coluna de mais de 15 km de altura.

A agência do governo disse que fenômenos como a formação de cúpulas ainda podem se formar, "o que pode implicar maior manifestação de energia" do vulcão, cuja atividade foi descrita como "instável".

O Escritório Nacional de Emergência anunciou, entretanto, que manterá o "estado de exceção constitucional e zona de desastre" declarada quando a emergência começou.

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