Mitzy Capriles e Lilian Tintori, esposas dos dissidentes venezuelanos presos Antonio Ledezma e Leopoldo López, reiteraram nesta sexta-feira (1º) o pedido ao governo de Nicolas Maduro para dar "liberdade aos 89 presos políticos".
Leia Também
"A expectativa que eu tenho e a única que os venezuelanos podem ter é a liberdade, liberdade para os 89 presos políticos, a liberdade para a Venezuela ", disse Lilian Tintori.
"Que os direitos humanos na Venezuela sejam respeitados, que consigamos resgatar os poderes (públicos) que estão atualmente sequestrados, para termos justiça e não vivermos neste impunidade", acrescentou.
As famílias dos dois adversários presos se reuniram em frente a casa de Ledezma, que completa 60 anos nesta sexta-feira (1º), fazendo pedidos para manter a luta pela democracia.
Mitzy Capriles, esposa de Ledezma, garantiu que é preciso "continuar a lutar na rua" para honrar o esforço de "homens como Leopoldo Lopez, Daniel Ceballos (ex-prefeito de San Cristobal acusado de conspiração), como nossos amados estudantes que neste momento são vítimas de abusos e violações de seus direitos humanos".
Ledezma, preso em fevereiro por supostamente conspirar contra o governo venezuelano, está sob prisão domiciliar após ter sido operado no domingo de uma "hérnia inguinal reproduzida" em uma clínica no leste de Caracas que foi tomada no sábado, em resposta a um pedido do Ministério Público.
Lopez, acusado de incitar a violência nos protestos do ano passado contra o governo de Maduro, que deixaram 43 mortos, está na prisão militar Ramo Verde, cerca de 30 km de Caracas, desde fevereiro de 2014.