DÍVIDA

Grécia afirma que não precisará de empréstimos se reestruturar a dívida

O país precisa de dos fundos bloqueados para garantir o funcionamento do Estado e enfrentar o pagamento de diversos empréstimos

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Publicado em 02/05/2015 às 11:54
Foto: ALAIN JOCARD / AFP
O país precisa de dos fundos bloqueados para garantir o funcionamento do Estado e enfrentar o pagamento de diversos empréstimos - FOTO: Foto: ALAIN JOCARD / AFP
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O ministro grego das Finanças, Yanis Varufakis, afirmou neste sábado que a Grécia pode abrir mão de um novo empréstimo, ao mesmo tempo que o governo, sem liquidez, tenta desbloquear os fundos de resgate. 

"A Grécia pode seguir adiante. Uma das condições é, no entanto, uma importante reestruturação da dívida", afirmou Varufakis em uma entrevista ao jornal Efimerida ton Sindakton. 

Ao ser questionado sobre possíveis conversações nos bastidores da negociação sobre uma redução da dívida, o ministro grego respondeu de maneira afirmativa. Varufakis descreveu os colegas europeus como "sócios divergentes". 

"São sócios governados pelo medo provocado pela crise e a 'solução' da crise que todo mundo, no fundo, sabe que é instável e que trará novos problemas", completou. 

Varufakis advertiu que "se a zona do euro não mudar, morrerá".

"Nenhum país, e não apenas a Grécia, deveria ter se unido a um sistema monetário tão mal estruturado". "Uma coisa é dizer que nós não deveríamos nunca ter aderido ao euro e outra dizer que devemos  abandoná-lo", completou, consciente de que um recuo agora levaria a uma "situação ruim e imprevisível". 

Atenas, que não recebeu nenhum euro dos credores desde o fim do ano passado, espera a liberação do restante dos fundos de resgate prometidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) que o país precisa para evitar um atraso de pagamentos e uma eventual saída do euro. 

O governo grego, comandado pelo partido de extrema-esquerda Syriza desde janeiro, rejeita as exigências do Eurogrupo. Atenas precisa dos fundos bloqueados para garantir o bom funcionamento diário do Estado e enfrentar o pagamento de vários empréstimos. 

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