Um total de 3.427 imigrantes foram salvos neste sábado (2) por navios italianos e franceses, integrantes do novo dispositivo da União Europeia no Mediterrâneo, anunciou a Guarda Costeira da Itália. Esse total é um dos mais altos dos últimos anos para um único dia. Uma patrulha de alto-mar da Marinha francesa resgatou 217 perto da costa líbia, comunicaram as autoridades francesas.
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Os imigrantes viajavam a bordo de três embarcações, informaram as autoridades e acrescentaram que dois supostos traficantes de pessoas tinham sido capturados e "serão entregues às autoridades italianas".
Na Itália, a Guarda Costeira anunciou na noite deste sábado que tinha coordenado de seu quartel-general romano o resgate de 3.427 passageiros de 16 embarcações ao longo do dia.
Além da patrulha francesa, as operações de ontem mobilizaram quatro navios da Guarda Costeira, dois da Marinha italiana, dois mercantes, dois barcos da polícia alfandegária italiana e dois rebocadores.
A Marinha italiana postou em sua conta oficial no Twitter que a fragata "Bersagliere" socorreu 778 imigrantes e sua patrulha "Vega", um total de 675.
Alguns chegaram à noite na ilha italiana de Lampedusa, a mais próxima da costa africana. A maior parte dos demais deve chegar na noite deste domingo (3) à Sicília ou ao sul da Itália.
Segundo a Guarda Costeira italiana, a patrulha francesa "Commandant Birot" deve desembarcar seus imigrantes em um porto de Cantábria.
A patrulha começou no começo da semana para reforçar o dispositivo de vigilância europeu Triton a fim de enfrentar o fluxo de imigração. A embarcação levava sobretudo material médico e sanitário.
Centenas de imigrantes, essencialmente africanos, mas também muitos sírios, chegam diariamente à costa italiana -devido a sua posição geográfica, o que transforma a Itália em ponte entre África e Europa, para onde essas pessoas fogem de conflitos-, após serem resgatados pela Marinha ou pela Guarda Costeira.
Um fluxo que está aumentado pela chegada do período estival e o bom tempo em alto-mar e que em algumas ocasiões acaba em desastres como o ocorrido em 19 de abril, no qual morreram afogadas cerca de 850 pessoas.
Por consequência desses fatos, o Conselho Europeu decidiu em 23 de abril reforçar a presença da União Europeia no Mediterrâneo com o objetivo de evitar "novas perdas de vidas", depois que mais de 1.200 imigrantes morreram desde o começo do ano, após o naufrágio de suas embarcações.