A ONU denunciou nesta sexta-feira um forte aumento das execuções realizadas em abril no Irã, onde 98 pessoas foram executadas.
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De acordo com informações recolhidas pelo relator para direitos humanos no Irã, Ahmed Shaheed, e o relator sobre execuções sumárias, Christof Heyns, entre 9 e 26 de abril, 98 prisioneiros foram executados.
Tais execuções muitas vezes não são relatadas por fontes oficiais e os nomes dos detidos não são revelados.
"O governo iraniano ainda se recusa a reconhecer a extensão das execuções praticadas. Isso mostra um completo desrespeito pela dignidade humana e o direito internacional dos direitos humanos", ressaltou Shaheed.
Por sua vez, Heyns disse estar "alarmado com o recente aumento do número de execuções, apesar de muitas questões sobre a imparcialidade dos julgamentos".
Desde 1º de janeiro, 340 pessoas foram executadas no Irã, incluindo seis prisioneiros políticos e sete mulheres, segundo a ONU.
Pelo menos 15 execuções foram realizadas em público.
A maioria dos prisioneiros no corredor da morte foram executados por tráfico de drogas, crime que não deve ser punido com a morte, de acordo com a ONU.
Além disso, os julgamentos muitas vezes não cumprem as normas e garantias internacionais, de acordo com especialistas, que lançaram um novo apelo a Teerã para respeitar uma moratória sobre a aplicação da sentença capital.
Em 2014, a ONU contabilizou 753 execuções no Irã, contra 680 em 2013.