O presidente burundinês, Pierre Nkurunziza, apresentou oficialmente nesta sexta-feira sua candidatura por um terceiro mandato na eleição de junho, apesar dos protestos e da pressão crescente da comunidade internacional.
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Ao chegar no início da tarde na sede da Comissão Eleitoral Nacional Independente (Céni), em Bujumbura, o chefe de Estado prometeu que as manifestações, que se tornaram - segundo ele - uma "insurreição", serão "controladas em breve" e que as eleições "vão acontecer".
Um dos principais opositores a este terceiro mandato, Pacifique Nininahazwe, personalidade de sociedade civil, reagiu afirmando "que não é o momento de parar as manifestações", criticando o chefe de Estado por não se preocupar com "o sangue derramando em razão de sua decisão".
Os adversários de Nkurunziza alegam que sua reeleição viola a Constituição do país, e afirmam que o presidente tem a intenção de modificar a Carta Magna para suprimir a limitação de duração do exercício do poder.
Desde 26 de abril, o país é varrido por manifestações, que têm sido violentamente reprimidas pelas autoridades. Até o momento, 18 pessoas morreram em meio à violência.