Após se esquivar durante toda a semana do tema, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, possível candidato republicano à Casa Branca, disse nesta quinta (14) que "não teria entrado no Iraque" como fez o governo do seu irmão, George W. Bush, em 2003, se tivesse as informações disponíveis hoje.
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"Sabendo o que sabemos agora, eu não teria entrado no Iraque", disse Jeb.
Em entrevista à Fox News veiculada na última segunda (11), o republicano foi questionado se também iria autorizar a invasão ao Iraque sabendo das falhas no serviço de inteligência americano, que afirmou haver armas de destruição em massa no país.
Na ocasião, Jeb respondeu que sim. A declaração gerou uma onda de críticas e o político se viu obrigado a dizer publicamente que não tinha entendido a pergunta. Depois, chegou a se recusar a responder sobre "perguntas hipotéticas".
Nesta quinta, contudo, ele falou diretamente sobre a polêmica durante um evento no Arizona.
Jeb, que ainda não anunciou sua esperada pré-candidatura, já começou a ter algumas amostras da pressão que poderá enfrentar na campanha, ao ter que responder sobre o legado deixado pelo irmão.
Na quarta (13), o republicano foi confrontado por uma estudante de Ciência Política de 19 anos na Universidade de Nevada. "O seu irmão criou o ISIS [sigla usada pela mídia americana para a facção radical Estado Islâmico]", disse a estudante Ivy Ziedrich. Jeb havia acusado, momentos antes, o presidente Barack Obama de contribuir com o aumento do poder do EI.