A Rússia não assinará o tratado das Nações Unidas sobre o comércio de armas, que obriga os governos a garantir que as suas exportações não alimentem conflitos, anunciou neste domingo (17) uma autoridade do ministério das Relações Exteriores.
"Nós decidimos não participar. Pesamos os prós e contras, e decidimos que não é uma obrigação para nós", declarou Mikhail Ulyanov, chefe do departamento de controle e não proliferação de armas, à agência estatal de notícias Tass.
O responsável criticou "um tratado muito fraco" que, no entanto, "impõe certos encargos" para os signatários, e lembrou que os países ocidentais e a Rússia já controlam suas exportações.
Cento e trinta países assinaram o tratado da ONU, que entrou em vigor em dezembro, e 67 o ratificaram.
No entanto, quatro membros do Conselho de Segurança da ONU (China, Rússia, Jordânia e Venezuela) rejeitaram sua assinatura.
Este primeiro tratado internacional sobre o comércio de armas obriga cada país signatário a avaliar antes de quaisquer transações (importação, exportação) se as armas vendidas poderiam ser utilizadas para contornar um embargo internacional ou violar os direitos humanos.
O documento inclui desde pistolas a aeronaves e navios de guerra, e não modifica as leis relacionadas com a compra e posse de armas nos países que o ratificam.