A comunidade internacional não tem "o direito de falhar" na luta contra as mudanças climáticas, alertou o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, nesta segunda-feira (18) em Berlim.
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"Não temos o direito de falhar (...) Temos que nos comprometer muito, porque não há nenhuma alternativa pela simples razão de que não há um planeta alternativo", disse Fabius na abertura do "Diálogo de Petersberg", uma reunião informal sobre o clima iniciada em 2010 pela chanceler alemã, Angela Merkel, após o fracasso da cúpula de Copenhague em 2009.
Esta reunião ocorre nesta segunda e terça-feira, em Berlim, onde representantes de 35 países reuniram-se para o trabalho preparatório para a conferência de Paris (COP 21) no final do ano, o que deve levar a um acordo global para limitar mundial Alterações Climáticas a 2°C em relação à era pré-industrial.
A conferência na capital alemã é hospedar terça-feira, o presidente francês, François Hollande e Merkel.
Ela representa "um passo importante no caminho para Paris", acrescentou Fabius no final da tarde aos repórteres. "Há (...) uma vontade real da parte de todos para ter um sucesso em Paris", disse. Ele congratulou-se com a "convergência" surge "no fato de que temos absolutamente de acordo".
No contexto da COP 21, presidido pela França, várias reuniões e cúpulas já ocorreram e "nós teremos vários compromissos" antes de Paris, afirmou Fabius antes da abertura da reunião, citando em particular a sessão formal de negociações em Bonn, no início de junho ou o G7 no próximo 7 e 8 de junho na Alemanha.
A bem-sucedida Paris "depende de todos nós", disse Laurent Fabius, que deseja que todos estes compromissos sejam bem sucedidos. "Esta é minha mensagem principal para nossa reunião de Petersberg: é hora de procurar remover os obstáculos nos textos e de adotar orientações, soluções".
Segundo Fabius, "quase 40 países apresentaram sua contribuição" para a COP 21. "É essencial que todos, a começar pelos países ricos, publiquem" antes do prazo de 30 de outubro, ressaltou.
"Temos de passar para uma velocidade superior", estimou a ministra do Meio Ambiente alemã, Barbara Hendricks, que abriu a conferência na segunda-feira de manhã ao lado de Fabius. "Há uma obrigação moral de lutar contra as alterações climáticas, visando as gerações futuras e as pessoas já afetadas" pelo aquecimento global, disse, recordando a vontade de Berlim de reduzir até 2020 40% das emissões alemãs de gás de efeito estufa em comparação aos níveis de 1990.