Seis cidadãos chineses, três deles professores universitários, foram acusados de espionagem econômica e roubo de segredos comerciais em benefício de universidades e empresas controladas pela China, anunciou o Departamento de Justiça americano.
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O esquema envolveu o roubo da tecnologia denominada FBAR, que permite aos telefones celulares e outros aparelhos filtrar sinais de rádio e melhorar o desempenho.
"Como demonstra o caso de hoje, a tecnologia desenvolvida por empresas americanas no Vale do Silício e ao longo da Califórnia continua sendo vulnerável aos esforços coordenados e complexos de governos estrangeiros para roubar esta tecnologia", afirmou a promotora federal Melinda Haag.
Os seis são acusados de trabalhar para roubar segredos comerciais de duas empresas de semicondutores, Avago Technologies, com sede na Califórnia, e Skyworks Solutions, com sede em Massachussetts, em um plano que supostamente começou em 2006.
Segundo os investigadores, o esquema foi montado com a criação de uma empresa fictícia chamada Novana nas Ilhas Cayman, liderada pelos acadêmicos chineses e pela Universidade de Tianjin, com respaldo do governo chinês, para fabricar produtos tecnológicos rivais que seriam apresentados por uma companhia chinesa batizada como ROFS Microsystems.
Entre os acusados está o professor da Universidade Tianjin Hao Zhang, de 36 anos, ex-funcionário da Skyworks, detido quando entrou nos Estados Unidos no sábado passado, segundo o Departamento de Justiça.
Os outros acusados são Wei Pang, de 35 anos, ex-funcionário da Avago e também professor da Universidade Tianjin; Jinping Chen, de 41, professor de Tianjin e membro da diretoria da ROFS; Huisui Zhang, 34, que estudou com Pang e Hao Zhang na Universidade da Carolina do Sul; Chong Zhou, 26, estudante graduado de Tianjin; e Zhao Gang, 39, administrador geral da ROFS Microsystems.
Os seis foram acusados de espionagem econômica, roubo de segredos comerciais e conspiração.