A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, advertiu nesta quinta-feira que os "assassinatos e a destruição deliberada do patrimônio arqueológico e cultural na Síria e no Iraque" por parte do Estado Islâmico (EI) podem constituir um "crime de guerra".
"Mais uma vez, centenas de pessoas foram mortas e milhares foram expostas às ações arbitrárias de violência, enquanto há o risco de destruição de novos sítios culturais", disse Mogherini, citada em um comunicado.
"Os assassinatos e a destruição deliberada do patrimônio arqueológico e cultural na Síria e no Iraque pelo Daesh (Estado Islâmico) podem constituir um crime de guerra nos termos do Estatuto de Roma", ressaltou Mogherini.
Segundo Mogherini, o bloco europeu já "tomou todas as medidas apropriadas" para evitar o "tráfico ilegal de bens culturais (...) que contribuem diretamente para o financiamento do Estado Islâmico e outras organizações terroristas."
O grupo Estado Islâmico assumiu o controle total nesta quinta-feira (21) da cidade histórica de Palmira, no deserto sírio, aumentando os temores da destruição de tesouros arqueológicos.