A Otan lamentou nesta quarta-feira (27) os "contínuos ataques" contra a "integridade territorial" da Ucrânia, onde quatro civis e um soldado morreram nas últimas horas, apesar do cessar-fogo em vigor no leste do país.
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"Somos conscientes dos enormes desafios" que a Ucrânia enfrenta, especialmente "os contínuos ataques contra sua integridade territorial", declarou o secretário-geral adjunto da Otan, Thrasyvoulos Terry Stamatopoulos, em visita à capital ucraniana.
"A Otan permanece fiel ao seu compromisso: ajudar a Ucrânia a reformar os setores de defesa e segurança", acrescentou, após uma reunião com as autoridades ucranianas.
Um cessar-fogo entrou em vigor em fevereiro a fim de conter o conflito entre Kiev e os rebeldes separatistas pró-russos no leste do país, que deixou mais de 6.200 mortos desde abril de 2014.
Esta trégua, globalmente respeitada, não impede, no entanto, combates esporádicos, que têm deixado mortos quase diariamente.
Kiev e governos ocidentais acusam a Rússia de armar os rebeldes e de implantar tropas regulares. Moscou nega qualquer envolvimento no conflito.
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, denunciou durante uma reunião na Casa Branca a atitude "cada vez mais agressiva" da Rússia na Ucrânia.
No terreno, cinco pessoas foram mortas no leste nas últimas 24 horas, de acordo com uma contagem da AFP.
Dois adultos e uma criança foram mortos por fogo de artilharia em Gorlivka, um dos redutos rebeldes perto de Donetsk, anunciaram as autoridades separatistas, que culparam o exército ucraniano.
As autoridades ucranianas acusaram, por sua vez, os rebeldes de estar por trás do ataque.
Em Popasna, controlada pelas forças rebeldes, "morteiros" lançados pelos separatistas mataram uma mulher, de acordo com Gennady Moskal, o governador da região.
O exército ucraniano informou a morte de um soldado e de oito feridos.