Clima

Novas negociações em Bonn buscam acordo contra mudança climática

Negociação acontece a menos de 200 dias da grande conferência de Paris

Da AFP
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Publicado em 03/06/2015 às 16:30
Foto: PATRIK STOLLARZ / AFP
Negociação acontece a menos de 200 dias da grande conferência de Paris - FOTO: Foto: PATRIK STOLLARZ / AFP
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A corrida para um acordo global sobre as alterações climáticas entrou numa nova fase desde segunda-feira (3) em Bonn (Alemanha), onde novas negociações intermediárias são realizadas, a menos de 200 dias da grande conferência de Paris.

Christiana Figueres, chefe da ONU para o clima, Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores francês, e Manuel Pulgar-Vidal, ministro do meio ambiente do Peru, que presidiu a conferência em Lima, abriram a cúpula, que ocorre até 11 de junho.

Delegações de 195 países presentes tentam melhorar um documento de 80 páginas preparado em fevereiro, em Genebra, com inúmeras reticências e contradições.

"Se as partes mais ambiciosas permanecerem, teremos um acordo para promover uma transformação global para um futuro mais verde e sustentável", declarou em comunicado Mattias Södeberg, chefe da delegação em Bonn da ACT, uma coalizão de igrejas e organizações de 140 países.

"Um acordo deste tipo poderia salvar vidas, limitar os riscos de conflito e apoiar o crescimento e o desenvolvimento sustentável", acrescentou.

No entanto, o caminho para chegar a um consenso sobre as regras que regem a luta contra o aquecimento global após 2020 "ainda é longo", na opinião do economista britânico Nicholas Stern.

"O objetivo é chegar a um acordo preliminar em outubro [...] A COP21 [ cúpula de Paris] permitirá dar os últimos retoques e tratar de questões pendentes, mas na base de um texto sólido e claro para todos", apontou Fabius na sessão de abertura das negociações.

Algumas questões complexas estão no centro das negociações: que objetivo de redução de gases de efeito estufa devem ser impostos para limitar o aumento da temperatura a 2°C? Como encomendar esforços em todos os países, tendo em conta as crescentes necessidades energéticas dos países emergentes?

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