Cerca de 130 alpinistas estão ilhados no monte Kinabalu, situado na província de Sabah, na Malásia, que foi atingida nesta sexta-feira (5) por um terremoto de magnitude 5,9 na escala Richter. Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas, duas delas já resgatadas.
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O tremor, que durou cerca de um minuto, causou deslizamentos de rochas, avalanches e a queda de dois pequenos montes batizados como "as orelhas do burro", onde a prática de escalada é recorrente, confirmou Masidi Manjun, ministro do Turismo da Malásia, através do Twitter.
Manjun também informou que as autoridades malaias já iniciaram as operações de resgate das pessoas presas.
As atividades de escalada foram suspensas em toda a região, informou o Departamento para a Conservação dos Parques da Província de Sabah, que fica no nordeste da ilha de Bornéu.
A escaladora Charlene Dmp, que está ilhada no monte, publicou no Facebook que segue esperando, junto de dezenas de pessoas, pelo resgate.
"Não podemos descer porque há muitas rochas caindo. Não é seguro descer porque ainda há tremores", comentou Charlene, que também publicou várias fotografias dos escaladores ilhados.
Segundo Jamili Nais, diretor do parque onde estão presos os alpinistas, o mau tempo impede o uso de helicópteros. Ele afirmou que o objetivo é conseguir fazer o resgate de todos antes do anoitecer.
O departamento de meteorologia da Malásia afirmou que o terremoto aconteceu a uma profundidade de 54 quilômetros, enquanto o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês), que monitora a atividade sísmica no mundo todo, situou o epicentro a 19 quilômetros da cidade de Ranau, de 94 mil habitantes.
O terremoto ocorreu às 7h15 locais (20h15 de Brasília da quinta-feira).
Vários dos escaladores foram surpreendidos pelo tremor ao amanhecer quando desciam do cume do Kinabalu, de 4.095 metros de altitude, segundo o jornal "The Star".