Autoridades Chinesas elevaram neste sábado (6) para 396 o número de mortos no naufrágio de um navio no rio Yang Tsé na última segunda-feira (1) -o acidente já pode ser considerado o maior da história da navegação chinesa em décadas.
De acordo com a agência oficial "Xinhua" 46 passageiros permanecem desaparecidos. Apenas 14, das 456 pessoas que estavam a bordo sobreviveram.
Dentre os 14 que sobreviveram estão o capitão e o chefe da casa de máquinas, que conseguiram sair da embarcação antes do naufrágio.
O número de mortes aumentou de forma considerável depois que as equipes que trabalham no local do acidente conseguiram desvirar o navio -que estava de ponta cabeça- na sexta-feira (5). Antes de iniciar a manobrar para endireitar a embarcação, equipes procuraram confirmar que não havia mais sobreviventes.
No navio "Estrela Oriental" viajavam 456 pessoas, a grande maioria aposentados em viagem turística. O navio teria naufragado após, supostamente, ter sido atingido por um tornado.
A última tragédia naval com um número superior de mortos ocorreu em 1948, quando a explosão de um barco a vapor no rio Huangpu, no sudeste do país, matou mais de mil pessoas.
Familiares dos mortos e desaparecidos lamentaram, em diversas ocasiões, a falta de informação das autoridades.
"Queremos ver os corpos de nossos familiares, alguns acham que o governo quer escondê-los. Temos o direito de sepultá-los", protestou Xia Yunchen, irmã mais nova de uma das tripulantes do "Estrela Oriental".
Autoridades afirmam, porém, que têm feito o máximo possível para amparar as famílias, oferecendo, inclusive acomodações e serviços médicos.
O gerente geral da companhia que operou o navio Jiang Zhao se desculpou pelo desastre em entrevista coletiva e afirmou que a empresa vai cooperar com as investigações. Apurações preliminares demonstraram que a embarcação não estava sobrecarregada e que estava equipada com número suficiente de coletes salva-vidas.