Ao menos 45 pessoas, entre elas 20 civis, morreram neste domingo (7) na capital iemenita, Sanaa, em bombardeios da coalizão sob comando saudita contra uma sede do exército controlada pelos rebeldes, segundo uma fonte médica.
"Ao menos 20 civis e 25 soldados e oficiais morreram" em bombardeios da coalizão contra o quartel-general do comando do exército, situado em Tahrir, um bairro residencial do centro de Sanaa, declarou esta fonte à AFP.
A sede do exército, controlada pelos rebeldes huthis e seus aliados, foi alvo neste domingo antes do amanhecer de ao menos quatro bombardeios aéreos. Eles provocaram explosões que danificaram casas nos arredores e obrigaram as famílias a fugir do bairro, constatou um fotógrafo da AFP.
Entre os edifícios afetados, cinco ficaram destruídos e 10 danificados, indicaram os habitantes.
Os rebeldes contaram, por sua vez, "44 cidadãos mortos e mais de 100 feridos, entre eles mulheres e crianças", em um balanço provisório publicado pela agência Saba, sob seu controle.
Durante a tarde, as equipes de salvamento seguiam buscando vítimas no local dos bombardeios, declararam.
A coalizão bombardeou várias instalações militares em poder dos rebeldes xiitas em Sanaa e no norte do Iêmen, um dia após eles lançarem um míssil Scud contra a Arábia Saudita, que caiu no sul do Reino.
Na sexta-feira, os rebeldes aceitaram participar, junto ao governo iemenita exilado em Riad, das negociações auspiciadas pela ONU em Genebra para tentar encontrar uma saída ao conflito.
O secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon, confirmou no sábado que as discussões começariam em 14 de junho e reiterou sua "chamada urgente a todos os grupos do Iêmen a participar das consultas de boa fé e sem pré-condições", segundo um comunicado da ONU.