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Canal hispânico dos EUA rompe com Donald Trump por ofender mexicanos

A rede anunciou que não transmitirá o concurso Miss USA, previsto para 12 de julho, nem nenhum outro "projeto associado a Trump Organization"

Da Folhapress
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Publicado em 25/06/2015 às 19:08
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A rede anunciou que não transmitirá o concurso Miss USA, previsto para 12 de julho, nem nenhum outro "projeto associado a Trump Organization" - FOTO: Foto: PAUL J. RICHARDS / AFP
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A Univision, o principal canal hispânico dos EUA, rompeu nesta quinta-feira (25) com a organização Miss Universo, do magnata Donald Trump, em reação a seus comentários "ofensivos" contra os imigrantes mexicanos.

A rede anunciou que não transmitirá o concurso Miss USA, previsto para 12 de julho, nem nenhum outro "projeto associado a Trump Organization", indicou a empresa em um comunicado, em que destacou o "importante papel" dos imigrantes mexicanos nos EUA.

"A empresa está pondo fim à sua relação comercial com a Miss Universe Organization, que pertence em parte a Donald J. Trump, 69, como consequência de seus comentários ofensivos sobre os imigrantes mexicanos", disse a Univision.

As declarações do extravagante multimilionário Trump, feitas quando anunciou que disputará a candidatura republicana à Presidência dos EUA, atraíram rejeição dentro e fora da América Latina.

"Quando o México manda seu povo [aos EUA], manda pessoas que têm um monte de problemas e trazem esses problemas para nós. Eles trazem as drogas, trazem o crime, são estupradores. E alguns deles, eu confesso, são boas pessoas."

Trump também propôs a construção de uma muralha intransponível entre os EUA e o México.

Segundo o magnata, a decisão da Univision se deveu à "enorme pressão" feita pelo governo mexicano e ao fato de que ele trouxe à tona "o significativo dano" na fronteira com o México.

Ao fazer o comentário, porém, Trump destacou seu "respeito" e "amor" pelo México e sua população.

"Os líderes mexicanos infligiram um dano sério aos EUA ao terem triunfado nas negociações com nossos líderes políticos. Nos tiram os empregos, o dinheiro e, ao mesmo tempo, nos prejudicam com os imigrantes clandestinos de todo o mundo que entram através da fronteira em nosso país", disse em um comunicado, acrescentando que não será silenciado.

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