A Grécia propôs nesta terça-feira a seus credores concluir com o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) um contrato de dois anos para cobrir as suas necessidades financeiras e reestruturação de sua dívida, indicou o gabinete do primeiro-ministro Alexis Tsipras.
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Em um comunicado intitulado "pedido aos MES", o governo explica que "continua na mesa de negociações", apesar da organização no domingo de um referendo sobre as discussões com os credores, e "propôs hoje" um acordo ao MES de dois anos "para a cobertura completa das suas necessidades financeiras e reestruturação da dívida". Procurado pela AFP, o MES em Bruxelas não quis comentar o assunto.
O comunicado grego não dá detalhes sobre o conteúdo do novo plano de assistência apresentado pela Grécia, enquanto o atual expira à meia-noite desta terça-feira e o país vai perder o acesso a 16 bilhões de euros de ajuda de todos os tipos (empréstimos, lucros sobre os títulos detidos pelo BCE, fundos de ajuda). Atenas não foi capaz de acordar com os seus credores - UE, BCE e FMI - as condições para a liberação do auxílio.
"O governo grego vai procurar até o fim obter uma solução viável dentro do euro", acrescentou o comunicado do primeiro-ministro, segundo o qual é o significado do referendo de domingo que deve enviar "uma mensagem do 'Não' a um mau acordo". Vários líderes europeus deram a entender que uma vitória do 'Não' deveria ser interpretado como um não ao euro.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, propôs na segunda-feira a Alexis Tsipras, uma solução de "último minuto": "aceitar o último plano dos credores datado de sábado e comprometer-se a chamar os gregos a validar este texto votando sim no referendo de domingo". O referendo não diz respeito ao texto deste sábado, mas a uma oferta dos credores feita na quinta-feira e que o governo grego rejeitou.