Grécia

Ministros de finanças decidem em Bruxelas futuro da Grécia na zona do euro

No último dia 5, o governo grego realizou um referendo sobre a última proposta que os credores apresentaram para o país

Da ABr
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Publicado em 11/07/2015 às 15:00
Foto: LOUISA GOULIAMAKI / AFP
No último dia 5, o governo grego realizou um referendo sobre a última proposta que os credores apresentaram para o país - FOTO: Foto: LOUISA GOULIAMAKI / AFP
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Os ministros das Finanças da zona do euro iniciaram hoje (11), em Bruxelas, por volta das 10h30 (horário de Brasília) uma nova reunião sobre a Grécia. O encontro é considerado decisivo já que a reunião vai definir se será concedido um terceiro resgate à Grécia ou o país sairá da zona do euro.

Várias reuniões foram realizadas tanto entre ministros de finanças como chefes de estado. No último dia 5, o governo grego realizou um referendo sobre a última proposta que os credores apresentaram para o país. Os eleitores gregos rejeitaram as propostas dos credores internacionais – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, prevê que a reunião do grupo, hoje (11), em Bruxelas, para discutir a crise econômica na Grécia, não será fácil. Segundo ele, há “muitas preocupações” sobre o programa de reformas entregue pelo governo grego, além de falta de confiança quanto à implementação das propostas.

Dijsselbloem falou ao chegar à reunião extraordinária dos ministros de Finanças da zona do euro. O presidente do Eurogrupo disse que muitos ministros acreditam que as medidas propostas pela Grécia não sejam suficientes, além da questão da confiança e disse que este ponto será uma das principais questões da reunião do Eurogrupo. Para ele, o governo grego terá que se empenhar para reconquistar a confiança dos credores.

O ministro das Finanças da Alemanha também se pronunciou ao chegar para a reunião. Wolfgang Schäuble disse que espera negociações “extremamente difíceis” com Atenas para chegar a um acordo sobre um terceiro programa de resgate ao país.

Na quinta-feira (9) à noite, o governo grego apresentou um novo pacote com medidas de austeridade como contrapartida a um empréstimo. O ministro alemão afirmou que, além dos compromissos existentes nessa proposta, é preciso calcular os impactos dessas medidas e que estas ainda não são confiáveis o suficiente.

A respeito do alívio da dívida pública grega, Schäuble voltou a se mostrar contrário à hipótese. O governo considera indispensável uma reestruturação da dívida, que representa cerca de 180% do Produto Interno Bruto, mas vários países, com a Alemanha, opõem-se.

Também hoje o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, reiterou a oposição de Portugal a um perdão da dívida grega, admitindo apenas alterações com relação a prazos e moldes de pagamentos.

A questão da confiança foi destacada também pelo ministro de finanças da França, Michel Sapin, para quem esse é o elemento determinante para que se chegue a um acordo, já que os parceiros europeus querem garantias de que as medidas acordadas com a Grécia serão executadas pelo governo.

Apesar de acreditar que a reunião será “difícil”, o ministro francês considerou que nos últimos dias surgiram elementos positivos vindos do governo grego e elogiou a “determinação política” do executivo do país de levar ao parlamento o pacote de reformas apresentado aos credores.


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