Cinco pessoas morreram e 17 ficaram feridas no bombardeio de um bairro residencial da cidade líbia de Benghazi (leste), palco de combates entre as forças do governo internacionalmente reconhecido e grupos armados, indicou nesta segunda-feira um hospital local.
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"Os disparos às cegas de foguetes na rua Beyrouth deixaram cinco mortos e 17 feridos", afirmou o hospital Al-Jala no Facebook, informando que as vítimas haviam sido internadas na noite de domingo.
A procedência dos disparos é desconhecida, mas o bairro está nas mãos das forças do governo reconhecido pela comunidade internacional.
Na semana passada, ao menos 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, entre elas combatentes partidários deste mesmo governo, nos violentos confrontos registrados no centro de Benghazi, palco de combates há um ano.
A agência de notícias próxima ao governo reconhecido pela comunidade internacional, que cita fontes militares, informa que na semana passada a aviação bombardeou dois navios que transportavam armas e combatentes perto de Benghazi.
Epicentro da revolta popular que depôs Muanmar Kadhafi em 2011, Benghazi é atualmente uma cidade destroçada por combates entre as forças governamentais e grupos extremistas armados.
O principal grupo islamita em Benghazi é o "Conselho da Shura das Forças Revolucionárias", aliado à coalizão Fajr Libya que tomou a capital Trípoli em agosto de 2014 e instalou seu próprio governo, não reconhecido pela comunidade internacional.
Os radicais da Ansar Asharia, uma organização que Washington classifica de terrorista, já que suspeita que é responsável pelo atentado contra seu consulado em 2012, também ocupa o terreno em Benghazi, assim como o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que fez sua aparição na Líbia no ano passado e reivindicou atentados nesta cidade.
Desde o início de 2014, mais de 1.800 pessoas morreram nos combates em Benghazi e outras milhares fugiram, segundo a ONG Libya Body Count.