Negociações

Hamas pede a Israel a libertação de 54 palestinos antes das negociações

Fontes informam sobre contatos informais para uma trégua entre os inimigps

Da AFP
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Publicado em 17/07/2015 às 11:49
MAHMUD HAMS / AFP
Fontes informam sobre contatos informais para uma trégua entre os inimigps - FOTO: MAHMUD HAMS / AFP
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Um dirigente do Hamas, o movimento islamita palestino no poder em Gaza, declarou nesta sexta-feira que não é possível haver novas negociações com Israel se não ocorrer a libertação das dezenas de prisioneiros que foram detidos após terem sido liberados em 2011.

O ex-primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou que o Estado hebreu prendeu ao menos 54 dos aproximadamente 1.000 prisioneiros liberados em 2011 em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em 2006 por ativistas palestinos de Gaza.

"Dissemos a todos os mediadores que se mobilizaram para falar sobre uma nova troca que não haveria negociações  (...) antes da libertação de todos os prisioneiros (palestinos) detidos por Israel", afirmou.

Fontes israelenses e do Hamas informaram sobre contatos indiretos e informais para uma trégua em longo prazo entre os dois inimigos.

"Não haverá negociações de qualquer tipo sem sua libertação incondicional", acrescentou Haniyeh em um discurso por ocasião do Eid al Fitr, a festa que marca o final do mês de jejum muçulmano do Ramadã. 

O Hamas afirma possuir os restos de dois soldados israelenses mortos na guerra de 2014 entre Israel e grupos armados palestinos.

O movimento palestino não fez comentários sobre o anúncio realizado na semana passada por Israel, que assegura que dois cidadãos israelenses estão detidos em Gaza pelo Hamas.

Israel afirmou na semana passada que dois de seus cidadãos estão sequestrados em Gaza, um deles pelo Hamas, o grupo palestino que utilizou em várias ocasiões reféns israelenses como moeda de troca.

O ministério da Defesa informou em um comunicado que, "segundo dados de inteligência confiáveis", Avraham Mengitsu, um israelense de ascendência etíope, "está sendo retido contra sua vontade pelo Hamas em Gaza".

Um ano após uma ofensiva israelense arrasar a Faixa de Gaza, foram retomados os contatos indiretos entre o movimento islamita e Israel, mas um funcionário de alto escalão do Hamas sob condição de anonimato advertiu que "nada é gratuito".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em um comunicado que considera o "Hamas responsável pelo bem-estar dos dois homens".

A fonte cita ainda um "caso adicional de um árabe-israelense que também está sendo retido em Gaza".

Nem o Hamas, nem seu braço armado, as brigadas Ezedin al Qassam, fizeram qualquer comentário oficial.

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