Diplomacia

Bandeira cubana é hasteada em nova embaixada da ilha em Washington

Sob um calor sufocante, 500 convidados e uma pequena multidão de curiosos acompanharam a cerimônia no edifício

Da AFP
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Publicado em 20/07/2015 às 12:32
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Sob um calor sufocante, 500 convidados e uma pequena multidão de curiosos acompanharam a cerimônia no edifício - FOTO: Andrew Harnik / POOL / AFP
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A bandeira cubana foi hasteada nesta segunda-feira na nova embaixada da ilha em Washington, no mais recente gesto simbólico do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países vizinhos, inimigos durante décadas.

Três militares marcharam pela porta da embaixada e hastearam a bandeira cubana - vermelha, branca e azul com uma estrela solitária - às 10h36 locais (11h36 de Brasília), enquanto manifestantes gritavam "Viva Cuba" e "Cuba sim, embargo não".

Sob um calor sufocante, 500 convidados e uma pequena multidão de curiosos acompanharam a cerimônia no edifício que desde o início do século XX representa os interesses cubanos.

O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, viajou especialmente de Havana para presidir a cerimônia de reabertura da embaixada em Washington, acompanhado por uma delegação de políticos e artistas.

Durante a tarde, Rodríguez manterá uma reunião com o secretário de Estado, John Kerry, e em seguida os dois diplomatas participarão de uma coletiva de imprensa conjunta.

O governo americano esteve representado por Roberta Jacobson, subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental, e pelo diplomata Jeffrey deLaurentis, até agora chefe do Setor de Interesses dos Estados Unidos em Havana e a partir de hoje o encarregado de negócios da embaixada.

Enquanto isso, em Havana até o momento não há previsão de nenhuma cerimônia para marcar a reabertura da embaixada, declarou na sexta-feira um funcionário de alto escalão do departamento de Estado, já que esta chancelaria prefere esperar uma viagem do próprio Kerry para hastear a bandeira americana.

Desde os anúncios de reaproximação, os dois países destacaram que as divergências certamente não vão desaparecer em um passe de mágica, mas ter embaixadas operando permitirá negociar estas divergências e encontrar uma saída aos problemas acumulados.

O levantamento do embargo americano, a devolução da base naval de Guantánamo e a solução às demandas recíprocas de compensação são alguns destes temas.

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