Explosões e disparos foram registrados nesta segunda-feira à noite em Bujumbura, capital do Burundi, a algumas horas da abertura das seções eleitorais para a polêmica disputa presidencial.
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O país se encontra mergulhado em uma grave crise, deflagrada pela candidatura do atual presidente, Pierre Nkurunziza, a um terceiro mandato. A oposição alega que a situação é inconstitucional. Cerca de 3,8 milhões de burundineses são esperados nas urnas. A imprensa noticiou a ocorrência de pelo menos três fortes explosões e tiroteios. Segundo testemunhas, desconhecidos abriram fogo contra policiais, que reagiram, no bairro de Ngagara, norte do centro da capital.
Duas explosões foram ouvidas no bairro de Nyakabiga, ao nordeste do centro, e disparos, em Kanyosha, no sul da cidade. Hoje à tarde, uma granada explodiu em uma artéria comercial no centro de Bujumbura, sem deixar vítimas.
Na noite desta segunda-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu às autoridades do Burundi que "façam todo o possível" para manter a segurança e a paz durante as eleições presidenciais.
Ban convidou "todas as partes a se abster de cometer qualquer forma de violência que possa comprometer a estabilidade do Burundi e da região", e "reiterou seu apelo à retomada de um diálogo franco". Ao recordar a presença da missão de observação eleitoral da ONU no Burundi, Ban pediu a "todas as partes que facilitem o cumprimento da missão, em particular o governo para garantir a segurança dos observadores".