A Casa Branca está em processo de finalização de um plano para fechar a prisão militar de Guantánamo, em Cuba, onde os Estados Unidos detêm, muitas vezes sem julgamento, suspeitos de terrorismo - informou nesta quarta-feira (22) o porta-voz da Presidência, Josh Earnest.
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"O governo está, na verdade, nas etapas finais de preparar um plano para, de maneira segura e responsável, fechar a prisão na baía de Guantánamo e apresentar (o texto) ao Congresso", afirmou o porta-voz.
"Isso é algo em que nossas autoridades de Segurança nacional têm trabalhado por algum tempo, principalmente, porque é uma prioridade para o presidente", frisou Earnest.
Obama prometeu fechar Guantánamo logo no início de seu primeiro mandato, em janeiro de 2009. Ainda há 116 detentos na instalação, aberta há mais de 14 anos para receber, principalmente, os suspeitos de envolvimento com os atentados do 11 de Setembro.
Uma vez concluído, o plano deverá ser enviado ao Congresso. A agora maioria republicana nas duas Casas é fortemente contrária ao fechamento do campo de prisioneiros.
Os adversários de Obama buscaram, sobretudo, estabelecer obstáculos legais para impedir a transferência de presos para os Estados Unidos, ou para o exterior.
Essas tentativas não bloquearam totalmente, porém, o processo de soltura. Pelo menos 28 detentos deixaram Guantánamo, em 2014, rumo a países tão diversos quanto Cazaquistão, Uruguai, Geórgia e Eslováquia.
"Avançamos muito. Passamos de 127 (presos) para 116", avaliou o porta-voz da Casa Branca.
"Continuar mantendo essa prisão não representa um uso eficaz dos impostos", completou.