Saúde

Estudo clínico confirma eficácia de vacina contra dengue

A vacina experimental permitiu que fosse evitada a hospitalização de 80,8% das crianças a partir de nove anos

Da AFP
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Publicado em 27/07/2015 às 19:18
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
A vacina experimental permitiu que fosse evitada a hospitalização de 80,8% das crianças a partir de nove anos - FOTO: Foto: Marcos Santos / USP Imagens
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A vacina contra dengue do laboratório francês Sanofi é eficaz em mais de 80% dos pacientes afetados pela infecção, de acordo com uma nova análise independente publicada nesta segunda-feira (27).

A vacina experimental permitiu que fosse evitada a hospitalização de 80,8% das crianças a partir de nove anos, que participaram de três testes clínicos analisados pelo periódico médico americano New England Journal of Medicine (NEJM). Na faixa de dois a oito anos, a eficácia média foi de 56%.

Em 93,2% dos casos, a vacina também protegeu contra a forma mais grave da doença no grupo de crianças de nove a 16 anos; e, em 44,5%, no grupo de dois a oito anos, afirmaram os autores da análise.

Também se observou, porém, um aumento inexplicável de casos de internação por dengue durante o terceiro ano da vacina entre as crianças com menos de nove anos. Os pesquisadores sugerem que o fenômeno deve ser "cuidadosamente observado" no longo prazo.

"O risco de contrair dengue era menor entre as crianças vacinadas do que entre as que não foram", concluíram os responsáveis pelo estudo.

Em nota, a Sanofi disse que "essa vacina experimental tem o potencial de reduzir significativamente a carga que essa doença tem nos países onde é endêmica".

Os dados publicados no NEJM correspondem a um período de três a seis anos em três testes clínicos realizados com 10.275 e 20.869 pessoas, respectivamente. Os participantes são do Pacífico Asiático e de regiões tropicais e subtropicais da América Latina.

A incidência de dengue cresceu de forma acentuada desde a década de 1950, com 50 milhões de casos anuais. Destes, cerca de 500.000 são do tipo hemorrágico, mortal em mais de 20% dos casos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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