O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorou a notícia, nesta terça-feira (28), sobre a libertação em breve do espião israelense Jonathan Pollard, que passou 30 anos preso nos Estados Unidos.
"Depois de décadas de esforços, Jonathan Pollard será finalmente libertado", declarou Netanyahu, de acordo com sua assessoria. O premiê afirmou ainda que "esperamos sua libertação com impaciência".
Preso em 1985 e condenado à prisão perpétua em 1987 nos Estados Unidos, o espião israelense será libertado em 21 de novembro, anunciaram seus advogados.
"A Comissão de Liberdade Condicional emitiu um aviso, concedendo liberdade ao nosso cliente 'pro bono' Jonathan J. Pollard", afirmaram Eliot Lauer e Jacques Semmelman, em um comunicado, acrescentando que ele deve ganhar a liberdade em 21 de novembro.
Segundo os advogados, essa decisão foi tomada por unanimidade pelos três membros da Comissão independente, após uma audiência em 7 de julho, no Centro de Detenção Federal de Butner, Carolina do Norte (sudeste dos EUA), onde Pollard está preso.
O agente era elegível a uma liberdade condicional a partir de novembro de 2015, e o governo Obama anunciou na quinta-feira passada que não iria se opor.
"A decisão não está relacionada com os recentes acontecimentos no Oriente Médio", observaram seus advogados, referindo-se, indiretamente, ao acordo sobre o programa nuclear iraniano, concluído em 14 de julho entre as grandes potências e Teerã.
Se a liberdade condicional não fosse concedida, Jonathan Pollard seria obrigado a passar pelo menos mais 15 anos atrás das grades.
Pollard foi condenado nos Estados Unidos por espionagem, e seu caso tem sido há anos uma fonte de tensão entre Washington e Israel, que considera demasiado pesada a pena de prisão perpétua por espionagem em favor de um aliado.