A Suprema Corte de Bangladesh confirmou nesta quarta-feira a condenação à morte na forca de um dirigente opositor por crimes de guerra praticados durante a guerra da independência de 1971.
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A maior instância jurídica do país rejeitou o recurso de Salauddin Quader Chowdhury contra sua condenação à pena capital pronunciada em 2013 por um controverso tribunal criado para julgar os crimes de guerra cometidos há quarenta anos.
Líder do principal partido da oposição, o Bangladesh Nationalist Party, Chowdhury, de 66 anos, era o primeiro parlamentar condenado por este Tribunal Internacional de Crimes (ICT), que não é supervisionado por uma instituição internacional, apesar de seu nome.
Durante a guerra de independência de Bangladesh, as milícias favoráveis ao Paquistão mataram dezenas de professores, médicos e jornalistas. Segundo a acusação, o deputado matou a sangue frio mais de 200 hindus no fim do conflito de 1971. O tribunal o considerou culpado de tortura e genocídio.
Os advogados anunciaram que recorrerão da decisão da Suprema Corte. Centenas de pessoas reunidas em uma praça da capital Daca, entre elas militantes do partido governante, celebraram a sentença.