Uma pessoa morreu e dezenas foram detidas nesta sexta-feira (31) na Venezuela após saques a supermercados em Ciudad Guayana, no sudeste do país.
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As informações foram fornecidas pelo governador do Estado de Bolívar.
Consumidores que procuravam bens básicos, escassos no país, como leite, arroz e farinha, invadiram um armazém de um supermercado pela manhã.
A ação fez com que o comércio na região fechasse as portas, segundo informou o jornal local "Correo del Caroni".
O governador Francisco Rangel, do partido governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), afirmou que os saques tiveram motivação política.
"Um grupo de motociclistas armados chegou e disse que estava indo saquear determinados estabelecimentos", relatou Rangel à emissora de TV Globovisión.
"Tenho certeza que não foi uma ação espontânea, mas, sim, um movimento planejado, com uma motivação política".
Gustavo Patinez, 21, morreu após receber um tiro no peito, segundo o "Correo del Caroni". O jornal relatou que ao menos 60 pessoas foram detidas durante os saques.
As lojas do entorno fecharam suas portas ou tiveram de ficar sob proteção da Guarda Nacional e da polícia para poderem continuar funcionando.
Os baixos preços do petróleo -a Venezuela é grande produtor da commodity e faz parte da Opep (Organização dos países Produtores de Petróleo)- e um conjunto cada vez mais disfuncional de controle cambial e de preços têm estimulado a escassez de bens essenciais no país.
O presidente Nicolás Maduro tem acusado líderes da oposição e empresas privadas, dizendo que eles estão travando uma "guerra econômica" contra seu governo, aumentando preços e escondendo produtos para causar insatisfação na população.
Os críticos do modelo chavista dizem que os problemas decorrem do sistema econômico falido que é gerido pelo Estado.