SEGURANÇA

Kerry: acordo com o Irã vai tornar o Oriente Médio mais seguro

Na segunda-feira (3), Kerry vai se encontrar com o presidente egípcio antes de viajar a Doha à noite

Da AFP
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Publicado em 02/08/2015 às 11:25
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Na segunda-feira (3), Kerry vai se encontrar com o presidente egípcio antes de viajar a Doha à noite - FOTO: BRENDAN SMIALOWSKI / POOL / AFP
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O secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou neste domingo (2) no Cairo que o acordo sobre o programa nuclear iraniano vai tornar o Oriente Médio mais seguro.

"Não resta dúvida nenhuma de que se for aplicado completamente o acordo Viena, o Egito e todos os países desta região estarão mais seguros que nunca", afirmou Kerry durante uma entrevista coletiva com o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Shukri. 

"Estados Unidos e Egito reconhecem que o Irã está implicado em atividades desestabilizadoras na região, e por isto é tão importante assegurar que o programa nuclear iraniano continua sendo plenamente pacífico", completou. 

O Egito e outros países temem as ambições regionais do Irã, apesar da Arábia Saudita ter expressado apoio oficial ao acordo.

Kerry se reunirá neste domingo com o presidente egípcio Abdel Fatah al-Sissi no Cairo, antes de viajar a Doha durante a noite. 

Na segunda-feira, o americano se encontrará com os colegas do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG: Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Catar) para tentar dissipar os temores a respeito do acordo sobre o programa nuclear iraniano. 

Depois da escala em Doha, Kerry visitará Cingapura, Malásia e Vietnã. A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que se reúne este ano em Kuala Lumpur, é um aliado privilegiado de Washington, em particular ante as ambições regionais da China.

 

Veredicto de jornalistas adiado 

Em coincidência com a visita de Kerry, um tribunal egípcio adiou deste domingo para 29 de agosto o veredicto do novo julgamento de três jornalistas da emissora Al-Jazeera, que foram condenados a sentenças de 7 a 10 anos de prisão, o que provocou muitos protestos internacionais.

Detidos em dezembro de 2013, o australiano Peter Greste, o canadense Mohamed Fahmy e o egípcio Baher Mohamed são acusados de "divulgar informações falsas" para apoiar a Irmandade Muçulmana, organização do ex-presidente islamita Mohamed Mursi, destituído pelas Forças Armadas em 2013.

Em junho de 2014, no primeiro julgamento, Fahmy e Greste foram condenados a sete anos de prisão e Mohamed a 10 anos.

Mas a Corte de Cassação anulou as condenações dos jornalistas e ordenou um novo julgamento.

"A falta de respeito ininterrupta aos nossos direitos não têm precedentes", escreveu Fahmy no Twitter.

Em 12 de fevereiro, no início do novo julgamento, Fahmy e Mohamed receberam liberdade condicional depois de passar de mais de 400 dias na prisão.

Greste está sendo julgado à revelia. No dia 1º de fevereiro ele foi expulso do país por decreto presidencial e retornou à Austrália.

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