Cinco pessoas morreram e mais de mil foram afetadas e/ou evacuadas por causa do forte temporal que castiga o norte e o centro do Chile neste fim de semana, informou neste domingo (9) o Escritório Nacional de Emergência (Onemi).
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A organização estatal tinha informado preliminarmente a morte de duas pessoas na região de Valparaíso (120 km a oeste de Santiago), às quais se somaram, passado o meio-dia, outros três mortos na região de Antofagasta, 1.350 km ao norte da capital chilena.
"Infelizmente, temos a confirmação de três mortos, dois adultos e uma menor de idade", confirmou Mahmud Aleuy, vice-secretário do Interior, em coletiva de imprensa nas instalações do Onemi, em Santiago.
Fortes chuvas afetaram o centro do Chile neste sábado, mas se dirigiram para o norte do país durante o dia, precipitando-se em Tocopilla, na região de Antofagasta, onde os temporais causaram uma enxurrada que desceu até a localidade.
"Devido ao sistema frontal em nível nacional, foram registradas 1.100 pessoas afetadas", informou o Onemi.
As três últimas vítimas foram arrastadas pela enxurrada de lama e pedras, enquanto outras quatro ficaram feridas e mais de 800 foram evacuadas por equipes de emergência.
Também foram registrados graves danos em casas feitas de material mais frágil, bem como cortes de energia e do abastecimento de água potável nesta cidade portuária.
Devido à emergência, a Onemi decretou Estado de Exceção Constitucional na região de Antofagasta "para facilitar as ações preventivas e garantir a segurança na região", informou Ricardo Toro, diretor desta entidade.
A medida implica em que as Forças Armadas tomem o controle da região durante a situação de emergência.
Enquanto isso, o Ministério da Saúde decretou "alerta sanitário" em Antofagasta, a fim de reforçar o sistema de saúde, transferir funcionários e facilitar a aquisição direta de bens, serviços e equipamentos.
Esta situação ocorre cinco meses depois de outro forte temporal causar fortes chuvas na região do Atacama, vizinha a Antofagasta, provocando inundações que arrasaram com povoados e deixaram 26 mortos e milhares de desabrigados.
A tempestade causou forte ondulação, a pior dos últimos 35 anos, em grande parte do litoral chileno, principalmente na região de Valparaíso (120 km oeste de Santiago), onde as ondas chegaram a 10 metros de altura, o que motivou o Onemi a decretar alerta vermelho.
Na região de Valparaíso, onde morreram as outras duas vítimas, ficam importantes portos e balneários turísticos, que foram afetados pela forte ondulação, que causou danos em residências e comércios perto da faixa costeira, além de cortes nos serviços de água e luz.
O metrô que liga o porto de Valparaíso ao balneário de Viña del Mar e outras localidades da região foi suspenso durante esta semana "porque as fortes ondulações cobriram as vias férreas com toneladas de escombros e inundaram as salas técnicas", informou Andrés Gómez-Lobo, ministro dos Transportes.
