O consulado dos Estados Unidos e uma delegacia de polícia foram alvos de ataques nesta segunda-feira em Istambul, onde duas pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança. Na região sudeste do país, quatro policiais morreram na explosão de uma bomba em uma estrada, um ataque atribuído aos separatistas curdos.
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Em Istambul, em um primeiro momento, um homem avançou com um carro-bomba contra uma delegacia no distrito de Sultanbeyli, na margem oriental da cidade, pouco depois da meia-noite. Dez pessoas ficaram feridas, incluindo três agentes, segundo a agência oficial de notícias Anatolia. Confrontos com a polícia foram registrados durante toda a noite, quando outras pessoas abriram fogo contra a delegacia.
De acordo com a agência Dogan, duas pessoas morreram em confrontos com as forças de segurança no mesmo distrito da maior cidade da Turquia. Um policial teria falecido nos confrontos, segundo a imprensa, mas o governo não confirmou a informação. Durante a manhã, duas pessoas abriram fogo contra o consulado dos Estados Unidos em Istambul.
A representação diplomática americana fica no bairro de Istinye, nas proximidades de Istambul, que em geral é uma área considerada tranquila. As autoridades iniciaram uma operação para capturar os criminosos. Um deles seria uma mulher, detida pouco depois, segundo a imprensa.
As autoridades não divulgaram informações até o momento sobre os responsáveis pelos ataques. Poucas horas depois, quatro policiais morreram na explosão de uma bomba em uma estrada no sudeste do país, no distrito de Silopi, na província de Sirnak, perto da fronteira com Iraque e Síria.
A ação foi atribuída pelas autoridades aos rebeldes curdos. Além disso, um soldado turco morreu quando milicianos curdos atacaram com lança-foguetes um helicóptero militar no distrito de Beytussebap, segundo Dogan. O exército turco respondeu com uma operação aérea.
A Turquia está sob tensão desde 24 de julho, quando o governo declarou uma "guerra contra o terrorismo", que tem como alvos tanto os rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria. Mas os vários ataques aéreos posteriores ao anúncio se concentraram na guerrilha curda. Oficialmente aconteceram apenas três bombardeios contra o EI.
O PKK reivindicou a morte de mais de 20 policiais na Turquia nas últimas duas semanas, como represália aos ataques aéreos. De acordo com a agência estatal de notícias Anatolia, 390 "terroristas" morreram na campanha aérea realizada na Turquia e norte do Iraque.