Recompensa

WikiLeaks pagará 100 mil euros por dados sobre acordo entre União Europeia e EUA

No início da tarde, a organização já tinha conseguido angariar 20% do montante pedido

Da ABr
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Publicado em 11/08/2015 às 17:55
Foto: JOHN STILLWELL / POOL / AFP
No início da tarde, a organização já tinha conseguido angariar 20% do montante pedido - FOTO: Foto: JOHN STILLWELL / POOL / AFP
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O site WikiLeaks lançou nesta terça-feira (11) uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) de uma recompensa de 100 mil euros para quem fornecer informações privilegiadas sobre o acordo de comércio livre entre a União Europeia e os Estados Unidos.

No início da tarde, a organização, que em 2010 ocupou as primeiras páginas de jornais em todo o mundo com a divulgação de milhares de documentos diplomáticos confidenciais norte-americanos, já tinha conseguido angariar 20% do montante pedido.

Entre os doadores estão o ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis, a estilista e ativista ambiental britânica Vivienne Westwood, o jornalista norte-americano Glenn Greenwald e o fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange.

Centenas de manifestações ocorreram em abril em várias cidades europeias contra a celebração da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, conhecida pela sigla em inglês TTIP.

“O TTIP, que está atualmente sendo negociado entre os EUA e a União Europeia, é mantido em absoluto segredo pelos negociadores, [mas] foi dado às grandes empresas acesso privilegiado aos documentos", afirma Assange em comunicado. “O público não pode lê-los”, acrescenta.

“Hoje, o WikiLeaks está tomando medidas para garantir que os europeus possam finalmente ler o monstruoso acordo de comércio”, diz. Segundo ele, “o secretismo do TTIP lança uma sombra sobre o futuro da democracia europeia” e favorece “interesses especiais”. “O TTIP afeta a vida de cada europeu e arrasta a Europa para um conflito a longo prazo com a Ásia. É hora de acabar com o seu secretismo”, afirma.

Quando for concluído, o TTIP será o maior acordo comercial do mundo, fazendo a ligação entre cerca de 60% da produção econômica global e com um mercado de 850 milhões de consumidores.

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