Três fiscais de renda de São Paulo suspeitos de integrar um esquema de corrupção foram presos na manhã de quinta-feira (13) em uma operação do Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos), do Ministério Público paulista.
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De acordo com a Promotoria, os suspeitos - dois ex-delegados regionais tributários, um de São Bernardo do Campo e outro de Santos, e um inspetor fiscal- foram presos pela Polícia Civil em Taubaté, em Santo André e na capital, São Paulo. Foram apreendidos documentos, incluindo escrituras de imóveis, US$ 30 mil e R$ 30 mil em espécie, e dois carros de luxo blindados: um Mercedes-Benz e um Mitsubishi.
A ação integra a Operação Zinabre, que já havia detido preventivamente outros sete agentes fiscais da Fazenda em São Paulo acusados de corrupção passiva e formação de quadrilha.
O Ministério Público já denunciou nove fiscais de rendas por suspeita de exigir vantagem indevida em razão do cargo (previsto na Lei de Crimes contra a Ordem Tributária) e formação de quadrilha.
A suspeita dos promotores paulistas é que os funcionários públicos cobravam propina a empresários do ramo de cobre em São Paulo em troca da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ou de isenção de multa.
O nome da operação, zinabre, refere-se a uma substância que se forma na superfície do cobre ou do latão quando ele entra em contato com a umidade do ar. Segundo a investigação, o esquema de propina envolvia a empresa Prysmian, que atua na área de fabricação de cabos elétricos.
Ao todo, são investigados por envolvimento no esquema de propina quinze pessoas, entre servidores e familiares. A apuração é feita pelo Ministério Público e pela Corregedoria-Geral da Administração.