O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e o líder rebelde Riek Machar se dirigiram nesta segunda-feira (17) a Adis Abeba para tentar finalizar com êxito suas negociações de paz, em meio a uma forte pressão internacional.
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Esta segunda-feira era, a princípio, a data limite para assinar um acordo destinado a colocar fim a vinte meses de uma guerra civil que deixou dezenas de milhares de mortos.
Seguindo as sugestões de presidentes regionais, os dois líderes finalmente se dirigiram pessoalmente à sede das negociações. Kiir declarou no domingo que foi obrigado, e Machar, que não apareceu publicamente, segundo fontes estava em Adis Abeba há vários dias.
Kiir declarou antes de sair de seu país que um acordo de paz "que não pode ser aplicado não deve ser assinado".
"Deve ser assinado algo do qual possamos nos beneficiar. Se for assinado (o acordo de paz) hoje e amanhã a guerra for retomada, o que teremos feito?", se perguntou o presidente do Sudão do Sul.
No domingo, o presidente ugandês, Yoweri Museveni, que enviou tropas ao Sudão do Sul para apoiar o presidente Kiir, se reuniu com o primeiro-ministro etíope Hailemariam Desalegn e o presidente sudanês Omar al Bashir, assim como seu colega queniano Uhuru Krnyatta.
A guerra civil no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013, na capital Juba, quando Salva Kiir, de etnia Dinka, acusou seu vice-presidente - de etnia Nuer - Riek Machar, recém destituído, de fomentar um golpe de Estado.