Repercussão

Dono da fazenda onde mataram o leão Cecil comparece à justiça

O dentista Walter Palmer disse que foi enganado por seus guias locais e que acreditava estar caçando dentro da lei

Da AFP
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Publicado em 18/08/2015 às 14:47
Foto: ZIMBABWE NATIONAL PARKS / AFP
O dentista Walter Palmer disse que foi enganado por seus guias locais e que acreditava estar caçando dentro da lei - FOTO: Foto: ZIMBABWE NATIONAL PARKS / AFP
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O dono do terreno onde um caçador ilegal matou o leão Cecil, símbolo do Zimbábue, em julho passado compareceu a um tribunal nesta terça-feira (18) sob acusação de caça ilegal.

A audiência de Honest Ndlovu, proprietário da fazenda Antoinette, foi rápida e a juíza Portia Mhlanga deretou uma fiança de 200 dólares.

Cecil, macho dominante do parque, era conhecido pela incomum juba preta e era objeto de pesquisa científica sobre a longevidade dos leões da universidade britânica de Oxford, que equipou o animal com uma coleira. 

O dentista norte-americano Walter Palmer, que matou o leão mais famoso do Zimbábue, disse que foi enganado por seus guias locais e que acreditava estar caçando dentro da lei. Ele pagou 55 mil dólares ao caçador profissional Theo Bronkhorst para poder matar Cecil. 

O caçador, que organizou o sáfari, também está sendo processado.

De acordo com a acusação, o proprietário do terreno no qual Cecil foi abatido não tinha uma cota de caça. Segundo algumas informações, o animal teria sido atraído para fora da reserva com uma isca. 

Como o leão tinha um colar GPS, os caçadores, além de matá-lo, o decapitaram e desmembraram.

Uma semana depois da onda de indignação provocada pela morte de Cecil, o Zimbábue declarou guerra aos caçadores e pediu a extradição do dentista americano. 

Autoridades norte-americanas também abriram um inquérito sobre a morte do famoso leão, enquanto o dentista americano que matou o animal permanece foragido.

O país adotou restrições imediatas para a caça de animais grandes como leões, elefantes e leopardos, que a partir de agora está proibida perto da reserva de Hwange, com exceção nos casos de uma autorização escrita dos parques nacionais. Também proibiu a caça com arco. 

Criticada por muitos, a caça é uma fonte importante de renda e gera quase 40 milhões de dólares por ano ao Zimbábue, segundo a Autoridade de Proteção da Vida Silvestre e dos Parques Nacionais.

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