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Cristina Kirchner defende Dilma e diz que 'cacerolazos' têm marca da CIA

Cristina afirmou que Dilma, e agora Lula, são vítimas de uma campanha midiática e de grupos judiciais interessados em desestabilizar projetos políticos populares na América do Sul

Da Folhapress
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Publicado em 20/08/2015 às 23:10
Foto: Presidência da Argentina
Cristina afirmou que Dilma, e agora Lula, são vítimas de uma campanha midiática e de grupos judiciais interessados em desestabilizar projetos políticos populares na América do Sul - FOTO: Foto: Presidência da Argentina
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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fez um apoio público aos colegas brasileiros Dilma Rousseff e Lula nesta quinta (20) pela primeira desde que a crise política ficou mais aguda no Brasil.

Cristina afirmou que Dilma, e agora Lula, são vítimas de uma campanha midiática e de grupos judiciais interessados em desestabilizar projetos políticos populares na América do Sul.

"Estão tentando é frustrar os processos de inclusão social e de desenvolvimento industrial autônomo que alcançaram os países da América do Sul durante esses anos de governos democráticos e populares, que alguns chamam de populista. Por isso esse ataque tão forte", afirmou Cristina.

Na visão de Cristina, as denúncias de corrupção contra Lula se explicam porque "ele poderia vir depois de Dilma".

"Lula tem grande probabilidade de ser eleito de novo se se apresentar", afirmou.

Essa conspiração teria tentado impedir que Dilma fosse reeleita, na visão de Cristina.

"Mal Dilma foi reeleita e começaram as campanhas de corrupção, os 'cacelorazos'. E ninguém sabia bem por que haviam os 'cacerolazos'", disse Cristina, classificando os protestos de "nada originais".

"Os 'cacerolazos' têm marca registrada, e sabem de quem é a marca? De uma agência muito importante de investigações e informações que está em um país do norte e que costuma intervir na política da América do Sul", afirmou Cristina, aparentemente se referindo à CIA.

A presidente também sugeriu que essa conspiração estaria por trás da morte de Eduardo Campos, candidato do PSB vítima de uma queda de avião durante a campanha eleitoral.

"Tentaram impedir de todas as maneiras que Dilma fosse reeleita, me recordo muito bem. Recordo-me também do acidente de Eduardo Campos", disse Cristina.

"Campos nunca se definiu sobre quem apoiaria em um eventual segundo turno. Houve o acidente e ficou em seu lugar Marina da Silva, que obviamente apoiou o rival de Dilma".

A mandatária argentina também disse estranhar os protestos contra a Copa do Mundo. "Brasil e Argentina são caracterizados pela paixão pelo futebol, como de uma hora para outra os brasileiros rejeitam o futebol?"

Cristina falou do Brasil durante um discurso de cerca de duas horas, transmitido em cadeia nacional.

No discurso, Cristina defendia o seu próprio partido.

Segundo a presidente, a crise política do Brasil é uma "radiografia" do que tentaram instalar seus opositores desde 2011, quando ela despontou na corrida eleitoral pela sua reeleição.

Agora, diz Cristina, o alvo dos ataques é o candidato governista a presidente, Daniel Scioli.

"Os ataques não são contra Daniel, são contra a Frente para a Vitória [partido da presidente]", defendeu Cristina.

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