O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter afirmou nesta quinta-feira (20) que tem câncer não apenas no fígado, como antes informado, mas também no cérebro. Carter disse, em entrevista coletiva, que passará a partir de hoje por um tratamento de radiação para combater a doença.
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Por causa do câncer, o ex-líder norte-americano disse que reduzirá "dramaticamente" seu trabalho no Carter Center, entidade sem fins lucrativos que trabalha questões de direitos humanos e garantias democráticas.
Carter comentou que se sentiu doente quando estava na Guiana, em maio, atuando como monitor eleitoral. Ao buscar tratamento no hospital Emory, em Atlanta, o problema foi diagnosticado. Também disse que se submeteu a uma cirurgia em 3 de agosto para retirar o tumor em seu fígado.
Nobel da Paz em 2002, Carter afirmou que havia quatro pequenos pontos de câncer em seu cérebro e que o tratamento com radiação começará imediatamente, notando que está "à vontade com o que acontecer". "Eu estou pronto para tudo e esperando ansiosamente por uma nova aventura", afirmou Carter, parecendo otimista e fazendo piadas, enquanto falava abertamente sobre a doença. Até agora, ele disse ter sentido "bem pouca" dor e que não sentia fraqueza.
"Eu tenho tido uma vida maravilhosa", disse Carter, de 90 anos. Ele não falou sobre prognósticos, mas disse que o tratamento deve durar vários meses e deixou em aberto a possibilidade de viajar ao Nepal em novembro.
Carter revelou que os ex-presidentes George W. Bush e Bush pai telefonaram para ele na quarta-feira. "Foi a primeira vez que eles me ligaram em muito tempo", brincou. Ele já havia recebido estimas melhores do presidente Barack Obama, do ex-presidente Bill Clinton e da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, bem como do atual secretário de Estado, John Kerry.